LENDAS DOS ORIXÁS: As lendas são fatos míticos contados sobre
homens ou deuses. Todos os povos, em todas as épocas do mundo sentiram a
necessidade de que seus deuses ou heróis fossem mais fortes, mais poderosos,
mais felizes e mais próximos do povo, do que os dos povos vizinhos ou mesmo dos
inimigos. Com os Orixás não foi diferente. Histórias lindas e maravilhosas
definem os fundamentos e a vida humanizada dos Orixás. O Orixá é considerado um
antepassado espiritual. Cada um de nós tem um Orixá, um pai que rege nossa
cabeça e nossa vida e alcançaram a divindade através de atos extraordinários
que praticaram, passando a manifestarem-se como forças da natureza.
Nanã: Nanã era rainha de um povo e tinha poder sobre os
mortos. Para roubar esse poder, Oxalá casou com ela, mas não ligava para a
mulher. Então, Nanã fez um feitiço para ter um filho. Tudo aconteceu como ela
queria, mas, por causa do feitiço, o filho (Omulu) nasceu todo deformado;
horrorizada, Nanã jogou-o no mar para que morresse. Como castigo pela
crueldade, quando Nanã engravidou de novo, Orunmilá disse que o filho seria
lindo, mas se afastaria dela para correr mundo. E nasceu Oxumaré, que durante 6
meses vive no céu como o arco-íris, e nos outros 6 é uma cobra que se
arrasta no chão.
Na aldeia chefiada por Nanã, quando alguém cometia um crime, era amarrado a uma árvore e então Nanã chamava os Éguns para assustá-lo. Ambicionando esse poder, Oxalá foi visitar Nanã e deu-lhe uma poção que fez com que ela se apaixonasse por ele. Nanã dividiu o reino com ele, mas proibiu sua entrada no Jardim dos Éguns. Mas Oxalá espionou-a e aprendeu o ritual de invocação dos mortos. Depois, disfarçando-se de mulher com as roupas de Nanã, foi ao jardim e ordenou aos Éguns que obedecessem "ao homem que vivia com ela "(ele mesmo). Quando Nanã descobriu o golpe, quis reagir, mas, como estava apaixonada, acabou aceitando deixar o poder com o marido.
Certa vez, os Orixás se reuniram e começaram a discutir qual deles seria o mais importante. A maioria apontava Ogum, considerando que ele é o Orixá do ferro, que deu à humanidade o conhecimento sobre o preparo e uso das armas de guerra, dos instrumentos para agricultura, caça e pesca, e das facas para uso doméstico e ritual. Somente Nanã discordou e, para provar que Ogum não é tão importante assim, torceu com as próprias mãos os animais destinados ao sacrifício em seu ritual. É por isso que os sacrifícios para Nanã não podem ser feitos com instrumentos de metal.
Na aldeia chefiada por Nanã, quando alguém cometia um crime, era amarrado a uma árvore e então Nanã chamava os Éguns para assustá-lo. Ambicionando esse poder, Oxalá foi visitar Nanã e deu-lhe uma poção que fez com que ela se apaixonasse por ele. Nanã dividiu o reino com ele, mas proibiu sua entrada no Jardim dos Éguns. Mas Oxalá espionou-a e aprendeu o ritual de invocação dos mortos. Depois, disfarçando-se de mulher com as roupas de Nanã, foi ao jardim e ordenou aos Éguns que obedecessem "ao homem que vivia com ela "(ele mesmo). Quando Nanã descobriu o golpe, quis reagir, mas, como estava apaixonada, acabou aceitando deixar o poder com o marido.
Certa vez, os Orixás se reuniram e começaram a discutir qual deles seria o mais importante. A maioria apontava Ogum, considerando que ele é o Orixá do ferro, que deu à humanidade o conhecimento sobre o preparo e uso das armas de guerra, dos instrumentos para agricultura, caça e pesca, e das facas para uso doméstico e ritual. Somente Nanã discordou e, para provar que Ogum não é tão importante assim, torceu com as próprias mãos os animais destinados ao sacrifício em seu ritual. É por isso que os sacrifícios para Nanã não podem ser feitos com instrumentos de metal.
LENDA DE OMOLU/OBALUAÊ: Houve uma festa e todos os Orixás estavam presentes.
Menos Omolu que ficara do lado de fora. Ogum pergunta por que o irmão não vem e
Nanã responde que é por vergonha de suas feridas causadas pelas doenças. Ogum
resolve ajudá-lo e o leva até a floresta onde tece para ele uma roupa de palha
que lhe cobre o corpo todo. O filá! Mas a ajuda não dá muito certo, pois muitos
viram o que Ogum fizera e continuavam a ter nojo de dançar
com o jovem Orixá, menos Iansã, altiva e corajosa, dança com ele e com eles o vento
de Iansã que levanta a palha e para espanto de todos, revela um homem lindo,
sem defeito algum.
Todos os Orixás presentes, ficam estupefatos com aquela beleza, principalmente Oxum,
que se enche de inveja, mas agora é tarde, Omolu, não quer mais dançar com
ninguém.
Em recompensa pelo gesto de Iansã, Omolu dá a ela o poder de também reinar
sobre os mortos. Mas daquele dia em diante, Omolu declarou que somente dançaria
sozinho
.
Ao chegar perto do reino de Exu, este
desconfiado perguntou-lhe o que queria por ali, que ela deveria embora e que
ele não a ensinaria nada. Ela então o desafia a descobrir o que tem entre os
dedos. Exu se abaixa para ver melhor e ela sopra sobre seus olhos um pó mágico
que ao cair nos olhos de Exu o cega e arde muito. Exu gritava de dor e dizia;
- Eu não enxergo nada, cadê meus búzios?
Oxum fingindo preocupação, respondia:
- Búzios? Quantos são eles?
- Dezesseis, respondeu Exu, esfregando os olhos.
- Ah! Achei um, é grande!
- É Okanran, me dê ele.
- Achei outro, é menorzinho!
- É Eta-Ogundá, passa pra cá...
E assim foi até que ela soube todos os segredos do jogo de búzios, Ifá o Orixá
da adivinhação, pela coragem e inteligência da Oxum, resolveu-lhe dar também o
poder do jogo e dividí-lo com Exu.
- Ninguém nunca poderia dizer-lhe diretamente que era um animal;
- Ninguém nunca poderia usar cascas de dendê para fazer fogo; e
-Ninguém nunca poderia rodar um pilão pelo chão da casa.
Ogum aceitou as condições e se casaram.
Isso, porém desagradou as demais mulheres de Ogum que
passaram a sentir ciúmes da bela Oyá. Ousadamente, após o nono filho de Oyá, e
ainda sendo a preferida de Ogum, as demais mulheres resolveram tomar uma
atitude.
Embriagaram Ogum com vinho de palma, e conseguiram que ele
lhes contasse o segredo de Iansã. Elas então a acusaram de ser um animal e até lhes disseram onde estavam suas
pele, chifres e cascos. Oyá fingiu que não era com ela, mas quando sozinha,
correu até o lugar indicado e achou seus pertences. Vestiu-os e eles se
ajustaram perfeitamente, retomou a força do animal e com raiva atacou as outras
mulheres e as matou. Ela pretendia voltar para a floresta, mas seus filhos a
chamavam de volta. Ela então pegou seus chifres e os deu a eles, dizendo-lhes
que se algum dia dela precisassem que os tocasse e ela surgiria para
defendê-los.
- Não! O meu ódio não pode ultrapassar os limites da justiça,
eram guerreiros cumprindo ordens, seus líderes é quem devem pagar!
E levantando novamente seu machado em direção ao céu, gerou
uma série de raios, dirigindo-os todos, contra os líderes, destruindo-os
completamente e em seguida libertou a todos os prisioneiros que fascinados pela
maneira de agir de Xangô, passaram a segui-lo e fazer parte de seus exércitos.
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