sábado, 30 de junho de 2012

Músicas da Umbanda

Por: Anna Elizabeth Martins

As músicas cantadas na Umbanda são essenciais nas cerimônias ritualísticas , são preces cantadas que expressam toda a fé, a mística, também as origens das Entidades e os Orixás, a história e toda a magia da ritualística de Umbanda. As músicas não são apenas homenagens ou invocações, pois eles expressam uma mensagem, emoção, sentimento, alerta ou informação.
Começa a batida dos atabaques e são entoados os pontos de chamada, cânticos que invocam a linha de trabalho do dia. O sacerdote é o primeiro que incorpora o orixá e depois que tiver recebido sua entidade é ele quem comanda os trabalhos, conduzindo a
incorporação dos médiuns, ou seja, os pais de santo.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Hippolyte Léon Denizard Rivail - Allan Kardec

Por: Bruna Beppler


   Nasceu em 3 de outubro de 2804 na França. Foi educador, escritor e tradutor Frances . Ele ouvia a respeito das mesas girantes mas não entendia muito bem, então resolveu participar de algumas sessões. Percebeu que muitas das respostas emitidas através daqueles objetos inanimados fugiam do conhecimento cultural e social dos que faziam parte do "espetáculo". Mas como móveis não poderiam se mexer sozinhos, então havia algum tipo de inteligência invisível atuando sobre os mesmos, e respondendo aos questionamentos dos presentes. Foi aí que uma das mensagens foi dirigida a Rivail, um ser invisível disse que ele tinha uma missão a desenvolver que seria a codificação de uma nova doutrina. E Rivail resolveu aceitar a missão. Com a fala do espírito ele descobriu que em uma de suas encarnações anteriores foi um sacerdote druida, de nome Allan Kardec. 


   A partir daí foram 14 anos de organização da Doutrina Espírita. No início, para receber dos Espíritos as respostas sobre os objetivos de suas comunicações e os novos ensinamentos, Kardec utilizou um novo mecanismo, a chamada cesta-pião: um tipo de cesta que tinha em seu centro um lápis. Nas bordas das cestas, os médiuns, pessoas com capacidade de receber mais ostensivamente a influência dos Espíritos, colocavam suas mãos, e através de movimentos involuntários, as frases-respostas iam se formando. Julie e Caroline Baudin, duas adolescentes de 14 e 16 anos respectivamente, foram as médiuns mais utilizadas por Kardec no início. 
   Com o decorrer do tempo, a cesta-pião foi dando lugar à utilização das próprias mãos dos médiuns, fenômeno que ficou conhecido como psicografia.
Todas as perguntas e respostas feitas por Kardec aos Espíritos eram revisadas e analisadas várias vezes, dentro do bom senso necessário para tal. As mesmas perguntas respondidas pelos Espíritos através das médiuns eram submetidas a outros médiuns, em várias partes da Europa e América. Assim, o codificador viajou por cerca de 20 cidades. Isso para que as colocações dos Espíritos tivessem a credibilidade necessária, pois estes médiuns não mantinham contato entre eles, somente com Kardec.

   Allan Kardec preparou o lançamento das cinco Obras Básicas da Doutrina Espírita, a Codificação, tendo início em 1857 com o lançamento de "O Livro dos Espíritos". Allan Kardec desencarnou em 31 de março de 1869, aos 65 anos, vítima de um aneurisma. Sua persistência e estudo constantes foram essenciais para a elaboração do movimento espírita e organização dos ensinos do Espírito de Verdade.




Chico Xavier

  Francisco Cândido Xavier, mais conhecido por Chico Xavier, considerado o médium do século e o maior psicógrafo de todos os tempos, nasceu em Pedro Leopoldo, pequena cidade do estado de Minas Gerais, Brasil, no dia 2 de Abril de 1910. 
   Sua mediunidade (capacidade natural de ser intermediário entre o plano material e o plano espiritual) manifestou-se, quando tinha 4 anos de idade, pela clarividência e clariaudiência, pois via e ouvia os Espíritos e conversava com eles sem a mínima suspeita de que não fossem homens normais do nosso mundo. Já como jovem e depois como adulto, muitas vezes não diferencia de imediato os homens dos Espíritos. Aos 5 anos, já órfão de mãe, esta manifestou-se várias vezes junto dele encorajando-o e dizendo-lhe que não poderia ir para casa porque estava em tratamento, mas que enviaria um bom anjo que juntaria novamente a família. Esse bom anjo foi a D. Cidália, a segunda esposa de João Xavier, que para casar com o seu pai fez questão de reunir todos os filhos do primeiro casamento e lhe daria depois mais cinco irmãos.
   Quando tinha 17 anos, fundou-se o grupo espírita Luiz Gonzaga , onde rapidamente desenvolveu a psicografia, isto é, a faculdade de escrever mensagens dos Espíritos. Época em que se desligaria da Igreja Católica onde deu os primeiros passos na espiritualidade, mas onde não encontrava explicação para os fenômenos que se passavam com ele, designadamente a perseguição de espíritos inferiores de que era alvo. O padre que o ouvia nas confissões foi um conselheiro, um verdadeiro pai e não o dissuadiu do caminho que iniciou no Espiritismo, mas abençoou-o e nunca deixou de ser seu amigo. 
   No centro espírita começou a psicografar poemas notáveis de famosos poetas mortos, num nível literário tão elevado que os próprios companheiros do grupo não conseguiam atingir integralmente o seu conteúdo. Muitos desses poetas eram totalmente desconhecidos do meio, nomeadamente alguns portugueses: António Nobre, Antero de Quental, Guerra Junqueira e João de Deus. A 9 de Julho de 1932, seria publicada a célebre PARNASO DE ALÉM-TÚMULO , a sua primeira obra psicografada que iria abalar os meios intelectuais do Brasil e tornar conhecida a pacata Pedro Leopoldo.




 

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Candomblé


Por: Patrícia Amarante  

 O candomblé é uma religião africana trazida para o Brasil no período em que os negros desembarcaram para serem escravos. Nesse período, a Igreja Católica proibia o ritual africano e ainda tinha o apoio do governo, que julgava o ato como criminoso, por isso os escravos cultuavam seus Orixás, Inquices e Vodus omitindo-os em santos católicos.
 Os orixás, para o candomblé, são os deuses supremos. Possuem personalidade e habilidades distintas, bem como preferências ritualísticas.
  Os rituais do candomblé são realizados em templos chamados casas, roças ou terreiros que podem ser de linhagem matriarcal (quando as mulheres assumem a liderança), patriarcal (quando os homens assumem a liderança) ou mista (quando homens e mulheres assumem a liderança do terreiro). A celebração do ritual é feita pelo pai de santo ou mãe de santo, que inicia o despacho do Exu. Na dança, o tambor é tocado e os filhos de santo começam a invocar seus orixás para que os incorporem. O ritual tem no mínimo duas horas de duração.
 O candomblé não pode ser igualado à umbanda, pois no candomblé, não há incorporação de espíritos, já que os orixás que são incorporados são divindades da natureza, e na umbanda, as incorporações são feitas através de espíritos encarnados ou desencarnados em médiuns de incorporação.

domingo, 24 de junho de 2012

Religiões africanas

Por: Camila Sulzbach ,Felipe Sbravati, Luiz Fabiano Didoné ,  Victor Hugo Mondini                                                                                



        As religiões tradicionais africanas envolvem  ensinamentos , práticas , crenças , rituais que visam compreender o divino , muitas dessas religiões se diferenciam na percepção do sobrenatural em uma mesma comunidade. São religiões que não foram significativamente alteradas pelas religiões adotadas mais recentemente (cristianismo, islão, judaísmo e outras). Estima-se que estas religiões sejam seguidas por aproximadamente 100 milhões de pessoas em todo território africano , antigamente as religiões tradicionais africanas visando retomar as suas culturas tradicionais  tomaram forma de sociedade secreta.
       As religiões dos povos que se baseiam em mitos, lendas e tradições, eram classificadas como religiões primitivas. Esse termo passou a ser quase sinônimo de pagão, e seus praticantes eram tidos como pessoas sem cultura, atrasadas, sem técnica, sem Deus... Tenhamos em conta também que essas religiões não possuem textos escritos ou livros sagrados, mas se baseiam na tradição, ou narração passada de geração para geração, sobre os conteúdos e a maneira de viver sua religiosidade. Isso se dá em forma de histórias, ritos, provérbios, danças, músicas, festas. Podemos dizer hoje que os mitos constroem o mundo .Os mitos para os seguidores das religiões tradicionalistas são histórias excepcionais cheias de significado e  de moral , podem expressar o valor humano , as tradições , e porque fazem alguma coisa daquele jeito e não de outro .

   Ritos, cerimônias, preces... são algumas das modalidades através das quais o ser humano procura se expressar e alcançar sua própria harmonia com o todo. Mas o que importa é a atitude interior que caracteriza a vida dos povos tradicionais, uma atitude profundamente religiosa. Cada fato cotidiano, banal ou importante, é colocado num contexto que supera a dimensão material.

A religião na África é bastante diversificada ,estas religiões são frequentemente adaptadas aos contextos culturais indígenas e sistemas de crença ou fazem sincretismo paralelamente cristianismo e islamismo.

'"Adesão religiosa na África (2006 estimativas)
Região
Total população (2006)
 %
Cristão
 % Muçulmano
 % Tradicional
 % Hindu
 % Bahai
 % Judeu
 % Agnóstico
 % Outros
África Central
118,735,099
81.25%
9.64%
7.98%
0.1%
0.38%
0.0%
0.57%
0.19%
África Oriental
302,636,533
63.87%
21.83%
13.09%
0.49%
0.35%
0.0%
0.0%
0.44%
Norte de África
209,948,396
9.0%
87.6%
2.2%
0.0%
0.0%
0.0%
1.1%
0.1%
África Austral
50,619,998
82.0%
2.2%
9.7%
2.1%
0.7%
0.1%
2.7%
0.3%
África Ocidental
274,271,145
35.70%
48.13%
15.73%
0.0%
0.07%
0.0%
0.31%
0.06%


  Religiões tradicionais africanas são definidas em grande parte por linhagens étnicas e tribais. As religiões étnicas é um termo que  pode incluir religiões civis oficialmente sancionadas e organizadas com um clero organizado, mas que são caracterizadas pelo fato de que seus adeptos em geral são definidos por uma etnia em comum e a conversão, essencialmente, equivale a uma assimilação cultural para o povo em questão. Em contraste a isso estão os "cultos imperiais", que são definidos por influência política separada da etnicidade. Um conceito que se sobrepõe em parte a esse termo é o de religião folclórica (ou popular), que refere-se a costumes religiosos étnicos ou regionais, sob a  égide de uma religião institucionalizada (por exemplo, o cristianismo folclórico). Adeptos de uma religião étnica podem constituir um grupo etno-religiosoEx: religião yoruba.    

  Nas religiões tribais elas surgem na antiguidade trazendo coragem  , cultura e sabedoria , é pouca praticada devido ao poucos índios que ainda existem . eram formadas por índios e primatas .O que a todas é comum é o ritual aos Nksis, Orixás e Voduns, se diferenciando somente na maneira de fazer esse culto, as cores das roupas, fio-de-contas e as línguas utilizadas nas rezas e cantigas. 

  A Mitologia Africana foi levada para as Américas pelos africanos escravizados, as que mais se tem notícia são: a mitologia fon daomeana, mitologia yorubá, mitologia igbo, mitologia fanti, mitologia ashanti, mitologia angola, mitologia congo, mitologia bantu, que mais tarde tornou-se uma mitologia mestiça nas religiões afro-americanas, religiões afro-cubanas, religiões afro-brasileiras..

Instrumentos utilizados:
A percussão pode ser feita com as mãos ou com duas varetas de nome aguidavi, ou por vezes com uma mão e um aquidavi, dependendo do ritmo (toque) e do atabaque que está sendo tocado.

De origem Africana, o Berimbau é muito usado em Candomblé.

O agogô, tocado para marcar o Candomblé, também de tradição Alaketo, chama-se GAN.

- Quissange - Instrumento angolano constituído por pequenas barras de metal de diversos tamanhos, presas a uma base de madeira e tocadas pelos dedos polegares.

- Xequerê - De origem africana, também chamado AGBÊ ou simplesmente CABAÇA. Usado como instrumento em cultos afro-religiosos. São agitadas as miçangas ou sementes que a revestem em forma de rede para produzir um chocalho que sustenta os intervalos rítmicos.

- Balafon - Com forma de trapézio e um som melódico, ativo e excitante, o Balafon é confeccionado em barras de madeira que produzem notas quando tocadas. As barras são dispostas paralelamente e sob ele coloca-se cabaças de vários tamanhos para criar um sistema de amplificação do som. As barras são feitas de uma madeira dura chamada gouene-yori. Os fios que seguram as barras são feitos de pele de cabra ou cervo, que é mais resistente. O Balafon é tocado em cerimônias festivas em homenagem aos deuses, acompanhado de outros instrumentos.

COWBELL. De origem africana e de nome original “gã”, recebeu o nome de cowbell dado pelos americanos. O Cowbell também é usado no Candomblé como instrumento de marcação.














Imagem de um Berimbau.




 Imagem de um Agogô de sapucaia.










Imagem de um Xequerê.











Imagem de um Balafon







Imagem de um Cowbell.





Religiões africanas

Candomblé: O culto é celebrado pelo pai-de-santo, chefe do terreiro onde a cerimônia acontece, e tem início o despacho de Exú... Começa então, o toque dos tambores que marcam o rítmo de uma dança de roda para que os filhos-de-santo incorporem seus orixás. Passam a receber dos participantes pedidos de ajuda e de proteção. A duração mínima do ritual é de 2 horas.



Umbanda: É uma religião formada dentro da cultura religiosa brasileira que sincretiza vários elementos, inclusive de outras religiões como o catolicismo, o espiritismo e as religiões afro-brasileiras.
Quimbanda :Uma ramificação da Umbanda desde a sua fundação pelo médium Zélio Fernandino de Morais, já que o mesmo admitiu ter um Exu como guia por ordens de seus guias. Assim como qualquer religião, dentro da Quimbanda, existem várias linhas de desenvolvimento, mas o princípio de trabalhar respeitando as leis da Umbanda é fundamental, uma vez que estas entidades são comandadas pelas entidades da Umbanda, que é sua matriz.