Por: Alexandre Broering
Os rituais do
candomblé são realizados em terreiros que podem ser de linhagem matriarcal,
patriarcal ou mista. O chefe do terreiro chama-se Babalorixá se for homem
e Ialorixá se for mulher. A celebração do ritual é feita por um pai ou mãe de
santo, que inicia o despacho de Exu.
Durante esses
rituais, ocorre o sacrifício de animais que variam de acordo com o deus que
está sendo homenageado na cerimônia. A matança é realizada por um sacerdote
denominado de achôgun ou achégun, que, na verdade precisa sacrificar dois
animais, já que durante o ritual serão realizadas duas oferendas uma dedicada a
Exú, e outra ao santo celebrado na ocasião. O achôgun precisa seguir com
meticulosidade e precisão determinados rituais, porque sem eles,o sacrifício e
a oferenda, etapa seguinte da festa, perderiam por completo seu valor, não
sendo aceito pelos deuses.
O ritual é feito
sempre em ritmo de dança, o tambor é tocado e os
filhos de santo começam a invocar seus orixás para que os incorporem. O ritual
tem no mínimo duas horas de duração.
Dentre
muitos rituais há o ritual das Águas de
Oxalá. Esse ritual representa purificação,
renovação, um novo ciclo, por isso o uso da água como representação, fonte
primordial da vida. O ritual em algumas casas mais tradicionais é feito em
quatro momentos e seguida de três domingos subseqüentes. Os domingos de festa
cumprem uma etapa fundamental das obrigações, o ciclo se realiza ao se
reviverem durante os 16 dias o caminho mitológico do Orixá nos três domingos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário